A Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal adiou a reunião que aconteceria na manhã de segunda-feira, 24, para discutir a saúde financeira do Hospital-Escola “Professor Horácio Carlos Panepucci”. A reunião foi pedida pela Organização Social Sociedade de Apoio, Humanização e Desenvolvimento de Serviços de Saúde (Sahudes).
A reunião está marcada para acontecer às 9h desta terça-feira, 25. A presidente da Comissão, Cidinha do Oncológico (PHS) explicou que o motivo do adiamento foi o desencontro de informações entre os vereadores que compõem o grupo.
“A reunião estava prevista para acontecer na biblioteca da Câmara e foi transferida para o plenário. O nosso medo é que uma simples reunião se tornasse uma audiência pública sem o conhecimento do presidente Marquinho Amaral”.
Integrante da comissão, o vereador Lineu Navarro (PT) confirmou que houve um desencontro de informações entre os integrantes da Comissão. Ele disse o objetivo do encontro não é discutir, nesse momento, os rumos do HE, como federalização, instalação do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) ou sequência das obras do segundo módulo, mas como está a questão financeira da unidade.
“É importante dizer que não existe reunião fechada ao público, o regimento interno não permite isso. O encontro foi solicitado pela direção da Sahudes, que pretende expor como está a administração do hospital sem a parte dos recursos da Prefeitura. Como todas as decisões sobre o Hospital Escola, desde a sua concepção à sua ampliação passaram pelo Poder Legislativo, a OS quer dar satisfações à Câmara, o que é justo”, explicou Lineu.
RESUMO – Atualmente, o Hospital Escola atende mais de 9 mil pessoas no pronto atendimento, realiza cerca de 2 mil exames de imagem de usuários encaminhados pela rede básica de saúde e 900 internações por mês, além de ser suporte aos cursos de saúde da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A instituição tem alertado que o não repasse de recursos pela Prefeitura nos últimos meses poderá levar à paralisação das atividades.
Em entrevista ao Primeira Página, o presidente da Sahudes, Sebastião Kury advertiu que a falta de repasses da Prefeitura ao HE pode inviabilizar o atendimento e a prestação de alguns serviços ao cidadão.