Entrevistada: Pesquisadora Mestranda Ana Carolina Gianini

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é descrita como uma dor facial, cefáleia ou dor de ouvido, referindo-se a um grupo de sinais e sintomas, incluindo a dor na articulação temporomandibular (ATM) e/ou músculos mastigatórios e/os sons da ATM, também desvios ou restrições na amplitude de movimento mandibular. É uma condição comum que pode causar dor e desconforto significativo, afetando a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento adequado depende da identificação precisa das causas subjacentes e pode envolver uma combinação de terapias físicas, medicamentos e ajustes comportamentais. Nos últimos tempos, a fotobiomodulação (FBM) vem sendo usada para o tratamento da DTM, um método indolor que auxilia no alívio de dor e regeneração tecidual, além do seu efeito terapêutico, como também antiinflamatório, analgésico e modulador da atividade celular.

A fotobiomodulação (FBM), também conhecida como laserterapia de baixa intensidade, é uma técnica terapêutica que utiliza a luz (geralmente em comprimentos de onda específicos) para promover efeitos biológicos benéficos no corpo, sem causar danos aos tecidos. Ela é aplicada principalmente por meio de lasers ou LEDs (diodos emissores de luz) de baixa intensidade. A luz penetra na pele e atinge os tecidos subjacentes, estimulando processos celulares e melhorando a recuperação e a regeneração. O mecanismo de ação tem seu efeito principal através da interação da luz com os fotossensores dentro das células, o principal efeito é o aumento da produção de ATP (trifosfato de adenosina), uma molécula essencial para o fornecimento de energia nas células. Esse aumento de ATP acelera processos celulares, tais como: regeneração e reparação celular, redução de inflamação, alívio da dor, melhora na microcirculação sanguínea e aumento da síntese de colágeno.

Em suma, o uso da FBM, mostrou-se eficaz para o tratamento da disfunção temporomandibular, gerando um alívio na dor nos indivíduos acometidos, se apresentando como uma alternativa terapêutica promissora, oferecendo benefícios como, além da redução da dor, melhora na circulação, diminuição da inflamação e estimulação da regeneração tecidual. Ao ser integrada a um plano de tratamento multidisciplinar, pode proporcionar uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes. Atualmente a aluna de mestrado Ana Carolina Gianini é responsável pela atividade junto à Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – INCT -IFSC -USP, sob orientação e coordenação do professor Dr. Vanderlei Salvador Bagnato.

Fontes: Pesquisadora Mestranda Ana Carolina Gianini – CEPOF – INCT – IFSC – USP; Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador CEPOF – INCT – IFSC – USP e Membro do Grupo de Óptica – IFSC – USP; e Me. Kleber Jorge Savio Chicrala – Jornalismo Científico e Difusão Científica – CEPOF – INCT – IFSC – USP (Grupo de Óptica).

 

Momento da Aplicação e uso da Fotobiomodulação (FBM)

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