O tricampeão mundial da Fórmula 1 Sebastian Vettel venceu um GP da Malásia polêmico, neste domingo, 24, depois de ignorar as ordens de abrir passagem para Mark Webber, seu companheiro na Red Bull, receber a bandeirada da vitória.

 

A 27ª vitória do alemão, que largou na pole e igualou a marca do tricampeão Jackie Stewart, foi cheia de tensão e terminou com recriminações e olhares ressentidos no pódio.

“Esta não é um vitória da qual eu esteja muito orgulhoso, porque deveria ter sido de Mark”, reconheceu o contrito alemão, que assumiu a dianteira depois de a equipe pedir aos dois pilotos que desacelerassem e cuidassem dos pneus.

Lewis Hamilton e Nico Rosberg, a nova dupla da Mercedes, chegaram em terceiro e quarto respectivamente, cruzando a linha 12 segundos atrás de Vettel e respeitando a hierarquia.

Ao contrário do compatriota Vettel, Rosberg fez o que lhe foi ordenado, apesar de dizer ao time repetidamente que estava mais rápido e deveria ter permissão de ultrapassar Hamilton.

“Se for para ser honesto, realmente acho que Nico deveria estar aqui”, disse Hamilton após seu primeiro pódio com a Mercedes. “Não posso dizer que é a melhor das sensações estar aqui (no pódio), mas são coisas do esporte”.

Vencedor do ano passado, Fernando Alonso saiu na segunda volta depois de bater na traseira da Red Bull de Vettel e danificar a asa dianteira de sua Ferrari.

O brasileiro Felipe Massa, companheiro de equipe do espanhol, chegou em quinto lugar depois de uma péssima largada em que perdeu posições partindo da segunda colocação.

A primeira vitória de Vettel na temporada o isolou na liderança do campeonato com 40 pontos diante dos 31 de Raikkonen, que venceu a prova de abertura na Austrália. Webber está em terceiro com 26. A Red Bull assumiu a liderança da Ferrari no campeonato de construtores depois de duas corridas.

 

MUITO LENTO

“A emoção predominante é que marcamos 43 pontos, uma pontuação máxima, e a equipe e o carro tiveram um desempenho fantástico, tendo em conta que não achávamos que os pneus fossem durar mais que cinco ou seis voltas”, disse Christian Horner, chefe da equipe Red Bull.

“Dissemos aos pilotos que mantivessem as posições até o final da prova, que poupassem os pneus. O maior medo era ficar sem pneus. Sebastian tomou a decisão de ultrapassar… queria vencer a corrida”.

“Sabemos que existe um certo atrito entre eles… acontece, vamos conversar sobre isso entre nós”.

Os carros largaram com pneus intermediários na esteira de uma chuva pesada no meio da tarde no horário local, e Webber ocupou a primeira posição depois da segunda ida aos boxes, mesmo tendo largado em quinto.

As duas Red Bulls travaram uma batalha emocionante, e a frustração de Vettel se tornava cada vez mais aparente à medida que Webber se defendia.

“Mark está muito devagar, tirem-no do caminho”, disse o alemão pelo rádio da equipe em um certo momento.

“Cometi um erro, não estou orgulhoso dele”, afirmou Vettel, tratado com frieza por Webber antes de ambos subirem ao pódio.

Webber explicitou sua raiva. “No final usamos a estratégia certa, e depois da última parada a equipe me mandou desacelerar”, disse o australiano. “Seb tomou suas próprias decisões e será protegido, como sempre. Eu desacelerei, e como sabemos ele é ligeiro nos pedais”.

Atrás deles, Hamilton e Rosberg mostraram que a Mercedes é uma rival de peso – ainda que o britânico tenha achado difícil se livrar do passado e encostado por engano nos boxes da McLaren, sua ex-equipe. Ele saiu e em seguida localizou sua atual equipe duas garagens adiante. A gafe foi o momento cômico de uma corrida de poucos sorrisos.

“Sinta-se à vontade para dar um pulo aqui a qualquer hora, @LewisHamilton!”, brincou a McLaren em seu Twitter pouco depois.

Romain Grosjean e Raikkonen, da Lotus, cruzaram na sexta e sétima colocações.

O 200º GP de Alonso durou pouco, e a Ferrari pareceu errar feio ao manter o espanhol na pista com a asa quebrada ao invés de chamá-lo aos boxes.

A asa se rompeu na reta, quando Webber o ultrapassava para assumir a segunda colocação, e a Ferrari foi parar na brita. Jenson Button, da McLaren, fazia uma boa prova e liderou brevemente até que uma parada mal sucedida o segurou nos boxes enquanto os mecânicos penavam para prender uma roda solta. Ele caiu para 12º e desistiu na penúltima volta.

O mexicano Sergio Pérez, seu colega de equipe, marcou seus primeiros pontos na equipe desde que foi contrato como substituto de Hamilton, chegando em nono, atrás da Sauber de Nico Hulkenberg.

O francês Jean-Eric Vergne ficou com o último ponto para a Toro Rosso.

 

CLASSIFICAÇÃO DA PROVA

1. Sebastian Vettel (Alemanha) RedBull – Renault 1:38:56.681

2. Mark Webber (Austrália) RedBull – Renault +00:04.298

3. Lewis Hamilton (Grã-Bretanha) Mercedes 00:12.181

4. Nico Rosberg (Alemanha) Mercedes 00:12.640

5. Felipe Massa (Brasil) Ferrari 00:25.648

6. Romain Grosjean (França) Lotus – Renault 00:35.564

7. Kimi Raikkonen (Finlândia) Lotus – Renault 00:48.479

8. Nico Huelkenberg (Alemanha) Sauber – Ferrari 00:53.044

9. Sérgio Perez (México) McLaren 01:12.357

10. Jean-Eric Vergne (França) Toro Rosso – Ferrari 01:27.124

11. Valtteri Bottas (Finlândia) Williams – Renault 01:28.610

12. Esteban Gutiérrez (México) Sauber – Ferrari 1 volta

13. Jules Bianchi (França) Marussia – Cosworth 1 volta

14. Charles Pic (França) Caterham – Renault 1 volta

15. Giedo van der Garde (Holanda) Caterham – Renault 1 volta

16. Max Chilton (Grã-Bretanha) Marussia – Cosworth 2 voltas

 

ABANDONOS

17. Jenson Button (Grã-Bretanha) McLaren 3 voltos

18. Daniel Ricciardo (Austrália) Toro Rosso – Ferrari 5 voltos

Pastor Maldonado (Venezuela) Williams – Renault 11 voltas

Adrian Sutil (Alemanha) Force India – Mercedes 29 voltas

Paul Di Resta (Grã-Bretanha) Force India – Mercedes 34 voltas

Fernando Alonso (Espanha) Ferrari 55 voltas

 

Volta mais rápida: Sérgio Perez – 1:39.199, volta 56.

 

CLASSIFICAÇÂO MUNDIAL DE F1

 

PILOTOS

 

1. Sebastian Vettel (Alemanha) Red Bull – 40 pontos

2. Kimi Raikkonen (Finlândia) Lotus 31 – pontos

3. Mark Webber (Austrália) Red Bull 26 – pontos

4. Lewis Hamilton (Grã-Bretanha) Mercedes 25 – pontos

5. Felipe Massa (Brasil) Ferrari 22 – pontos

6. Fernando Alonso (Espanha) Ferrari 18 – pontos

7. Nico Rosberg (Alemanha) Mercedes 12 – pontos

8. Romain Grosjean (França) Lotus 9 – pontos

9. Adrian Sutil (Alemanha) Force India 6 – pontos

10. Paul Di Resta (Grã-Bretanha) Force India 4 – pontos

11. Nico Huelkenberg (Alemanha) Sauber 4 – pontos

12. Sergio Perez (México) McLaren 2 – pontos

13. Jenson Button (Grã-Bretanha) McLaren 2 – pontos

14. Jean-Eric Vergne (França) Toro Rosso 1 – ponto

15. Valtteri Bottas (Finlândia) Williams

16. Esteban Gutierrez (México) Sauber

17. Jules Bianchi (França) Marussia

18. Charles Pic (França) Caterham

19. Giedo van der Garde (Holanda) Caterham

20. Max Chilton (Grã-Bretanha) Marussia

21. Daniel Ricciardo (Austrália) Toro Rosso

22. Pastor Maldonado (Venezuela) Williams

 

CONSTRUTORES

1. RedBull – Renault – 66 pontos

2. Lotus – Renault – 40 pontos

3. Ferrari – 40 pontos

4. Mercedes – 37 pontos

5. Force India – Mercedes – 10 pontos

6. Sauber – Ferrari – 4 pontos

7. McLaren – Mercedes – 4 pontos

8. Toro Rosso – Ferrari – 1 ponto

9. Williams – Renault

10. Marussia – Cosworth

11. Caterham – Renault

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress