Mais de 15 milhões de brasileiros saíram da lista de inadimplência é o que destaca um levantamento nacional feito pelo Serasa Experian (Empresa de informações financeiras).
Segundo dados do Serasa Experian esse foi o maior número registrado nos últimos 4 anos. Em 2010 foram 11,9 milhões que quitaram suas dívidas, em 2011 foi 13,3 milhões que tiraram seus nomes da lista negra e até setembro deste ano o número já ultrapassa a os 15 milhões de pessoas que estão aptas a realizarem suas compras a prazo sem restrição.
Segundo dados da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), em 2011 foram 38.280 pessoas inclusas na lista de negativados e de janeiro a setembro de 2012 são 17.350 mil inclusos.
Porém em 2011 foram 29.396 pessoas que saíram da lista de inadimplentes e até setembro deste ano já somam mais de 16 mil que quitaram suas dívidas e voltaram a ter crédito no mercado.
Segundo economista Luís Fernando Paulillo a maioria das pessoas preferem estar fora do Serasa para aproveitar a queda crescente dos juros que ocorrem no Brasil.
“É um tipo de estímulo para compras em parcelamento, porque o crédito no mercado interno está muito mais interessante para o consumidor”, completa.
Ele acrescenta ainda que antes no Brasil de juros mais elevados, a decisão econômica do consumidor era se valer dos casos de prescrição porque os estímulos para aproveitar a ocasião de compras parceladas não eram tão bons quanto hoje, em que os juros caíram e estimularam os credores a estarem com os nomes limpos para poderem aproveitar as menores taxas de compras parceladas.
“Com os juros menores e o crédito em condições atrativas, o consumidor está mais propenso ao estímulo econômico que ao estímulo jurídico claro que para casos de valer a prescrição – e varia muito conforme o mercado, produto ou serviço demandado”, destaca Luís.
Joana fala que depois que as taxas baixaram ela decidiu comprar um automóvel, porém estava com o nome sujo.
“O jeito foi limpar meu nome, fiz um empréstimo, com ele quitei as dívidas e o restante do dinheiro dei de entrada no meu carro”, afirma Joana Santos, recepcionista.