Quarta-feira, 27, se comemora o Dia do Circo, entretenimento para as crianças e adultos que reúne artistas de diversas habilidades e que de forma lúdica encanta públicos do mundo inteiro há muitos séculos. O Dia do Circo surgiu em 1897 em homenagem ao palhaço brasileiro Piolin que nasceu nessa data na cidade de Ribeirão Preto interior de São Paulo.
O circo está diretamente ligado aos movimentos artísticos e culturais, sendo uma fonte de expressão cultural, desenvolvimento de habilidades e exploração da criatividade. São inúmeros os artistas que iniciaram suas carreiras artísticas no ambiente circense ou tiraram dele algum tipo de inspiração.
O ator, artista circense, diretor e coordenador do grupo de circo são-carlense Estação do Circo, Ricardo Fruque, fala sobre a arte do circo e suas influências no meio artístico.
“O circo tem uma grande influência nos espetáculos do nosso grupo e assim como outros grupos e companhias do circo contemporâneo que se apropriam das artes cênicas como teatro, música, dança e para montagens de seus espetáculos. Hoje as características destes trabalhos se dão graças a este movimento que começou no final dos anos 1970 com a criação de escolas de circo pelo mundo; a criação dos espetáculos começou a ter novas referências e harmonização nas técnicas artísticas”.
O circo com suas características, em geral itinerante, reúne os mais variados tipos de artistas como palhaços, malabaristas, acrobatas, mágicos, ilusionistas e embora hoje esteja desaparecendo de vez, o uso de animais também se fez bastante presente nos espetáculos circenses ao longo do tempo.
O circo chamado de contemporâneo, ao qual Ricardo Fruque se refere, é uma nova tendência. Hoje, paralelamente aos circos itinerantes e tradicionais que ainda existem, a arte circense também é aprendida em escolas. Por uma mudança de valores, muitos circenses colocaram seus filhos para estudar e fazer um curso universitário. As novas gerações estão trabalhando com mais empenho na administração dos circos.
Já para fazer parte do circo, Ricardo dá a dica. “O circo, como qualquer outra profissão ou atividade, para o êxito, exige muita dedicação e persistência”.
O Grupo Estação do Circo nasceu em São Carlos em 2006 e até hoje, 2013, o grupo montou os espetáculos “No Reino de Astúria”, contemplado pela Funarte com o prêmio Carequinha, “Lembranças de um Palhaço”, “Pocket Show”, “Palhaçadas”, “Extremo”, “E=m.c²”, “Pinóquio” e “Faz Melhor Que Eu Quero Ver”, além de diversas intervenções circenses que misturam a magia lúdica, vigorosa e dinâmica da arte tradicional do circo a elementos cênicos como teatro, pantomima, dança e ginástica artística, trabalhando com a construção de formas compreensíveis ao imaginário coletivo, através do corpo do ator, livre dos domínios da literatura, onde se prima pelo teatro da dramaturgia corporal.