Exames preventivos associados à vida saudável são muito importantes no combate e diagnóstico de doenças, além de garantir o bem-estar à saúde.

 

Exames preventivos, sejam clínicos ou laboratoriais, podem ajudar a evitar problemas de saúde ou minimizar alguns problemas de saúde, caso aconteçam. Alguns desses exames possibilitam a oportunidade de diagnóstico de algumas doenças antes que os sintomas apareçam ou de evitar complicações naquelas em que os sintomas são iniciais ou ainda inespecíficos.

O coordenador e professor do curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bernardino Geraldo Alves Souto, explica que ao atender um paciente, o médico percebe algum fator de risco para determinada doença ou para sua evolução com complicações; ele usa critérios científicos e epidemiológicos para decidir a realização ou não de algum exame preventivo ou de avaliação.

“Contudo, isso só é significativo naqueles casos em que há evidência científica quanto à capacidade do exame de diagnosticar precocemente algum problema ou avaliar o potencial de complicações, ou quando o problema tem importante prevalência na população. Fazer qualquer exame, aleatoriamente, para diagnosticar doenças com finalidade preventiva sem uma orientação clínica ou epidemiológica correta, não garante benefício”, comenta Souto.

Além disso, o professor ressalta que manter uma vida saudável é mais preventivo do que grande parte dos exames preventivos. Fazer exames preventivos e levar uma vida não saudável subtrai sentido e eficiência da realização desses exames.

É comum após os 40 anos as pessoas apresentarem mais problemas com a saúde e consequentemente aumentarem os cuidados. Nesta fase da vida, as doenças degenerativas passam a ser mais diagnosticadas. Porém isto não é uma regra.

Na infância e adolescência, o organismo está em formação, isso expõe a pessoa a determinados riscos específicos de adoecimento, porém, o corpo tem grandes reservas funcionais e elevada capacidade regenerativa. Na maturidade, o organismo está pronto e funcionante, porém exposto a uma série de fatores capazes de comprometer essa estabilidade.

Na idade mais avançada, o organismo entra num processo de perda de capacidades funcionais e regenerativas, tornando-se progressivamente fragilizado e vulnerável a determinadas disfunções devido à restrição de suas reservas funcionais e baixa capacidade regenerativa.

“Esse fenômeno biológico, contextualizado a questões genéticas, sociais, culturais e ambientais é o que determinará a necessidade, indicação e periodicidade da realização de exames preventivos”, diz Souto.

Os médicos desempenham um papel importante na orientação de pacientes para os cuidados com a saúde sem exageros e preocupações desnecessárias. “Apoiado em dados clínicos e epidemiológicos, e fundamentado pela evidência científica, o médico deve dialogar com a pessoa sob cuidado, respeitando-lhe a autonomia e provendo-lhe informações suficientes e necessárias à escolha compartilhada mais saudável possível, tendo o bem-estar desse sujeito como prioridade acima de qualquer outra”, finaliza o coordenador.

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