O governo ignorou neste ano um decreto presidencial que manda tornar públicos os supersalários pagos a servidores do Poder Executivo.

O decreto 3.529, baixado no ano 2000 e ainda em vigor, manda o Ministério do Planejamento divulgar a cada quatro meses várias informações, como o maior e o menor salários pago em cada repartição.

Mas o decreto foi cumprido pela última vez em 18 de janeiro de 2010, quando o governo apontou casos de servidores que recebiam até R$ 12 mil por mês além do teto previsto pela Constituição.

Não foram divulgados nomes, mas o governo apontou os valores e os órgãos em que os servidores trabalhavam.

O teto salarial previsto pela Constituição é o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, hoje R$ 26,7 mil.

Mas Executivo, Legislativo e Judiciário adotam critérios diferentes para definir quais gratificações são consideradas para enquadrar os salários no teto constitucional.

No início do ano passado, o governo informou que havia pelo menos 18 funcionários que tinham seus vencimentos reduzidos para que o excedente fosse eliminado.

Um servidor do Universidade Federal do Ceará, por exemplo, recebia R$ 37,1 mil. Os supersalários divulgados na época se concentravam em universidades e eram resultado de decisões judiciais.

Na ocasião, a AGU (Advocacia-Geral da União) prometeu fazer um pente-fino e tentar reverter algumas decisões, mas o órgão aguarda informações do Ministério do Planejamento e ainda não agiu.

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